domingo, 19 de outubro de 2014

Papa fala ao Sínodo e reitera Igreja de portas abertas*****IMPORTANTE*****

Francisco destacou que a Igreja é “Mestra atenciosa” e tem as portas abertas para receber os necessitados e arrependidos
Jéssica Marçal
Da Redação
Papa Francisco fala ao Sínodo da Família na última Congregação Geral / Foto: L'Osservatore Romano
Papa Francisco fala ao Sínodo da Família na última Congregação Geral / Foto: L’Osservatore Romano
O Papa Francisco fez um discurso aos padres sinodais no final da tarde deste sábado, 18, na última Congregação Geral da 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos sobre família. Ele enfatizou que as tentações existem, mas a Igreja é “Mestra atenciosa” e tem as portas “escancaradas” para receber os necessitados e arrependidos.
Francisco recordou o caminho sinodal, marcado por momentos de entusiasmo e ardor, de consolação e de ajuda ao próximo. Mas sendo um caminho de homens, ele ressaltou que houve também momentos de tensão e tentação.
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Como exemplo, o Papa citou quatro possibilidades: a tentação de enrijecimento hostil; a tentação do “bonismo” destrutivo, que em nome de uma misericórdia enganadora enfaixa as feridas antes de curá-las; a tentação de descer da cruz, submetendo-se ao espírito mundano e a tentação de negligenciar o “depositum fidei”, considerando-se proprietários, e não custódios da fé.
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Mas tais tentações não devem ser motivo de susto ou de desânimo, disse o Papa, lembrando que nenhum discípulo é maior que o seu mestre. Ele disse que ficaria até assustado se essas tentações não existissem e tudo tivesse acontecido em uma falsa e quieta paz. Ao contrário, ele viu e escutou vários testemunhos, e sentiu que foi colocado diante dos olhos o bem da Igreja e das famílias. “E isto sempre – o dissemos aqui, na Sala – sem colocar nunca em discussão as verdades fundamentais do Sacramento do Matrimônio”.
“E esta é a Igreja, a vinha do Senhor, a Mãe fértil e a Mestra atenciosa, que não tem medo de arregaçar as mangas para derramar o óleo e o vinho nas feridas dos homens (cf. Lc 10, 25-37); que não olha a humanidade de um castelo de vidro para julgar ou classificar as pessoas. Esta é a Igreja Una, Santa, Católica, Apostólica e formada por pecadores, necessitados da Sua misericórdia. Esta é a igreja, a verdadeira esposa de Cristo, que procura ser fiel ao seu Esposo e à sua doutrina. É a Igreja que não tem medo de comer e beber com as prostitutas (cf. Lc 15). A Igreja que tem as portas escancaradas para receber os necessitados, os arrependidos e não somente os justos ou aqueles que acreditam ser perfeitos!”.
Francisco recordou ainda a missão do Papa, que é garantir a unidade da Igreja, recordar aos fiéis a necessidade de seguir o Evangelho e recordar aos pastores o dever de nutrir o rebanho. “A sua missão é a de recordar a todos que a autoridade na Igreja é serviço, como explicou com clareza Papa Bento XVI”.
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O Santo Padre enfatizou, por fim, que a Igreja é a esposa de Cristo e todos os bispos, em comunhão com o Sucessor de Pedro, têm a missão de protegê-la e servi-la. Ele recordou que há um ano para amadurecer as ideias propostas nessa assembleia, trabalhando a “Relati synodi”, que é um resumo fiel das discussões.
“Que o senhor nos acompanhe e nos guie neste caminho, pela glória do seu nome, com a intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria e de São José! E por favor, não esqueçam de rezar por mim!”.

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