terça-feira, 28 de outubro de 2014

Ser de Deus. O que eu ganho com isso?

Vale a pena ser de Deus
Hoje, vivemos a era do ‘Marketing’. Desde pequena, uma criança já sabe manusear um tablet, e por todos os lados vemos propagandas de produtos que lhe trará maior prazer. É fato que as propagandas não vendem produtos, mas convites à felicidade que será alcançada por meio deles. Com isso, vemos uma geração que, a todo momento, se questiona: “O que eu ganho com isso?”, “Quanto eu lucro ao buscar esse ou aquele meio?”. E quando se fala em religião, vemos que esta não está numa realidade tão diferente da comercial. Em muros e cartazes, até mesmo em “carros de som”, anuncia-se, pela cidade, determinada igreja que nos trará benefícios e soluções de forma cada vez mais fácil, descomprometida e acessível ao fiel… Ou poderia dizer ao cliente?

Ser de Deus, e o que eu ganho com isso
Vemos que, na Bíblia, também havia pessoas interessadas em se beneficiar de Deus. Giezi é um exemplo; ele é um dos servos do profeta Elizeu, que testemunha a cura de Naamã, chefe do exército de Israel. O profeta não aceita nenhum presente de Naamã, o que deixa seu servo contrariado. “Então, Giezi sai correndo para alcançar Naamã. Quando este vê que Giezi corre atrás dele, desce do carro, vai ao seu encontro e lhe pergunta: ‘Está tudo bem?’. Giezi responde: ‘Tudo bem. Só que meu senhor mandou dizer-lhe: Agora mesmo, acabam de chegar, da região montanhosa de Efraim, dois jovens irmãos profetas. Por favor, dê para eles trinta e cinco quilos de prata e duas roupas de festa’. Naamã respondeu: ‘Aceite setenta quilos’. Insistiu para que Giezi aceitasse. Depois, Naamã colocou setenta quilos de prata e as roupas de festa em duas sacolas, e as entregou a dois de seus servos. Estes foram na frente de Giezi levando as sacolas” (cf. II Reis 5,21-25). Giezi mente dizendo que veio a mando do profeta pedir a prata e as roupas, mas o que o comandava nessa ação era seu desejo de ser beneficiado com o milagre que Deus operara em Naamã.

Na contramão, temos personagens bíblicos que nos mostram o caminho de uma real busca por Deus. O próprio profeta Elizeu, na passagem já citada, nos mostra que não é o que ganhamos com o Senhor que conta, mas o próprio Deus. Naamã lhe ofereceu prata e bens, mas o profeta os recusou, pois queria mostrar àquele homem que não se pode comprar a graça do Senhor. Muitas vezes, vejo por aí mensagens e dizeres onde se exortam um Deus produtor de bênçãos e milagres. Coisas como: “Deus não deixará nada de ruim acontecer. A sua vitória está perto, Deus fará de seus sonhos realidade”. Vamos construindo um “deus” condicionado ao que buscamos, ao que queremos.
Deus quer, sim, nos fazer felizes e nos levar a uma realização. Mas precisamos desmascarar um deus que segue caprichos humanos, que é uma mentira. No fim, são palavras vazias que nos levam a uma fé imatura, e acreditamos que o Senhor existe, sim, mas como nossos planos não acontecem, pensamos que Ele está longe de nós. As promessas de Deus se cumprem sempre, mas precisamos saber se elas vêm, realmente, do Pai.
Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças” (Dt 6,5). É na intimidade com Deus que encontramos Suas promessas, e assim elas se cumprem. O que ganho seguindo Cristo? Ganho Cristo! “Porque todos fomos criados para aquilo que o Evangelho nos propõe: a amizade com Jesus e o amor fraterno.” (Papa Francisco EG. 265)
Jesus veio ao mundo para nos propor uma amizade verdadeira, sem interesses. Quando seu dia não for bom, você terá onde ir e com quem desabafar. E quando for ótimo? Ele estará junto de você, alegrando-se. ‘Os verdadeiros adoradores’ são aqueles que buscam Deus por quem Ele é, e assim recebem graças em sua vida. Mas quando vem a dificuldade, não renega o amigo, pois sabe que “se lhe formos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode renegar a si mesmo.” (cf. II Timóteo 2, 13)
Peçamos a Deus a graça de uma verdadeira conversão, de uma verdadeira disposição interior em buscar o Senhor e experimentar o amor d’Ele por nós. E que cresça, cada vez mais, o amor em nós por Ele. Que o amemos de graça, e o maior ganho que teremos com isso é Sua amizade.
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Paulo Pereira

José Paulo Neves Pereira nasceu em Nossa Senhora do Livramento (BA). É missionário da Comunidade Canção Nova e atua no setor de Midias sociais da Canção Nova. Twitter: @paulopereiraCN

Como incentivar as crianças a gostar da Palavra de Deus?


Incentivar as crianças a gostarem da Palavra de Deus é um valioso investimento.
As crianças são de grande importância para o Reino de Deus. É prazer de Deus, por intermédio do Seu Filho Jesus Cristo, alcançar o coração delas. Conduzi-las a ter um encontro pessoal com Jesus é um grande desafio, mas também a mais doce esperança de um mundo melhor. Não foi por acaso que Jesus ordenou que deixassem as crianças irem a Ele. O Senhor estava diante de cristãos em potencial. Ao proferir essas palavras, diz a Escritura que Ele estendeu as mãos sobre as crianças e as abençoou.
Como incentivar os filhos a terem gosto pela palavra de Deus 940x500:foto: daniel mafra
O ensino bíblico para crianças deve ser valorizado por todos que fazem parte da vida delas. Este, sim, é um valioso investimento! Não vai existir fase mais adequada – para que sejam construídos e reconstruídos os pilares para uma vida saudável e comprometida com o mundo – do que a infância.
A figura da criança é apresentada, na Bíblia, desde muito cedo. Moisés e João Batista são exemplos de apóstolos que eram comprometidos com o mundo espiritual desde que eram crianças. Moisés recebeu um chamado, João Batista foi batizado no Espírito enquanto sua mãe, Isabel, recebia a visita de Maria.
A Palavra de Deus nos ensina por onde e como conduzir os filhos a este encontro com Deus, preservando a criança dos valores passageiros, impostos por ensinamentos que vêm de outras palavras. Como a palavra proferida pelas novelas, pelos excessos de desenhos animados, pelos colegas da escola e, também, pelo livre acesso a certos conteúdos da internet. É preciso deixar claro que a Palavra à qual me refiro está na Sagrada Escritura. Portanto, os filhos deverão ter a oportunidade de conhecê-la com a decisão da família de ser ou não ser uma família cristã. E a partir disso promover ações possíveis em que seus filhos consigam se aproximar da leitura bíblica.
Será primeiramente pelo testemunho dos pais que os filhos vão se deixar seduzir pela Palavra do Senhor. É comum ver pais ensinarem aos filhos quem é o Papai do Céu e a pedirem a Sua bênção, contudo, o tempo passa e este ensinamento não evolui. É uma fé tipicamente folclórica. A criança não frequenta a igreja, nunca viu os pais lendo a Palavra, não experimenta fazer caridade desde a mais tenra idade, não cresce habituada a reconhecer os seus pecados (mesmo tão mínimos) e cresce longe do costume de orar pelas pessoas que estão ao seu redor, em sua cidade e no mundo.
Incentivar um filho a gostar de ler e viver a Palavra de Deus é, antes de tudo, habituá-lo ao ambiente que tenha sinais de Deus. A criança é muito inteligente para perceber quando a família fala e não vive. Principalmente, aquelas que dizem crer em Deus, mas não testemunham esta crença com atos concretos de fé.
Seria muito bom que, antes de dormir, as crianças ouvissem histórias bíblicas ou assistissem a DVDs sobre os milagres e o amor de Jesus. É importante escolher um lugar da casa em que seja possível colocar algo que sinalize que, naquele ambiente, os seus proprietários são cristãos. As visitas, os vizinhos e os familiares precisam saber e respeitar essa decisão. É fundamental também educar os filhos dentro dos ensinamentos do Evangelho, mostrando-lhes sempre, com as leituras, como Deus gostaria que eles crescessem em graça e sabedoria.
Mesmo tendo a religião e a espiritualidade como base familiar, é necessário cautela, prudência, informação e inteligência para que nada saia diferente do que se espera. Várias são as passagens bíblicas que confirmam este querer de Deus com relação aos nossos filhos. Deuteronômio 6:4-9; Marcos 10:13-16; Josué 4:1-9  são passagens bíblicas que causam nas crianças a curiosidade sobre o mundo espiritual.
Como incentivar as crianças a gostar da Palavra de Deus?
Sendo pais que se lembrem do jeito de ser de Jesus! Caso contrário, os filhos terão aversão não só à Palavra como também a tudo que lembre o Divino. Em seguida, colocando em prática o que aqui foi proposto.
Os catequistas também precisam fazer uso de metodologias mais inovadoras e tecnológicas para esses ensinamentos ministrados nas paróquias. O sacerdote, por sua vez, ao perceber a presença de crianças nas Celebrações Eucarísticas, deverá referir-se a elas de forma especial, distante de uma linguagem complexa. Dentro desse contexto é muito bom ressaltar que nossa espiritualidade nos aproxima de Deus, com isso, contagiamos as pessoas que estão ao nosso redor sendo amáveis, dóceis e responsáveis com nossa família e com o mundo no qual estamos inseridos, usando uma linguagem decente e respeitosa. E demonstrando que queremos ser filhos de Deus amáveis e amados. Este será sempre um bom começo pra que os nossos rebentos possam entender a Palavra de Deus e gostar dela.

Judinara Braz

Administradora de Empresa com Habilitação em Marketing. Psicóloga especializada em Análise do Comportamento. Autora do Livro "Sala de Aula, a vida como ela é." Diretora Pedagógica da Escola João Paulo I – Feira de Santana (BA).

SANTO DO DIA-São Simão e São Judas Tadeu

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Celebramos na alegria da fé os apóstolos São Simão e São Judas Tadeu. Os apóstolos foram colunas e fundamento da verdade do Reino.

São Simão: Simão tinha o cognome de Cananeu, palavra hebraica que significa “zeloso”. Nicéforo Calisto diz que Simão pregou na África e na Grã-Bretanha. São Fortunato, Bispo de Poitiers no fim do século VI, indica estarem Simão e Judas enterrados na Pérsia. Isto vem das histórias apócrifas dos apóstolos; segundo elas, foram martirizados em Suanir, na Pérsia, a mando de sacerdotes pagãos que instigaram as autoridades locais e o povo, tendo sido ambos decapitados. É o que rege o martirológio jeronimita.
Outros dizem que Simão foi sepultado perto do Mar Negro; na Caucásia foi elevada em sua honra uma igreja entre o VI e o VIII séculos. Beda, pelo ano de 735, colocou os dois santos no martirológio a 28 de outubro; assim ainda hoje os celebramos. Na antiga basílica de São Pedro do Vaticano havia uma capela dos dois santos, Simão e Judas, e nela se conservava o Santíssimo Sacramento.
São Judas Tadeu: Judas, um dos doze, era chamado também Tadeu ou Lebeu, que São Jerônimo interpreta como homem de senso prudente. Judas Tadeu foi quem, na Última Ceia, perguntou ao Senhor: “Senhor, como é possível que tenhas de te manifestar a nós e não ao mundo?” (Jo 14,22).
Temos uma epístola de Judas “irmão de Tiago”, que foi classificada como uma das epístolas católicas. Parece ter em vista convertidos, e combate seitas corrompidas na doutrina e nos costumes. Começa com estas palavras: “Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados e amados por Deus Pai, e conservados para Jesus Cristo: misericórdia, paz e amor vos sejam concedidos abundantemente”. Orígenes achava esta epístola “cheia de força e de graça do céu”.
Segundo São Jerônimo, Judas terá pregado em Osroene (região de Edessa), sendo rei Abgar. Terá evangelizado a Mesopotâmia, segundo Nicéforo Calisto. São Paulino de Nola tinha-o como apóstolo da Líbia. Conta-se que Nosso Senhor, em revelações particulares, teria declarado que atenderá os pedidos daqueles que, nas suas maiores aflições, recorrerem a São Judas Tadeu. Santa Brígida refere que Jesus lhe disse que recorresse a este apóstolo, pois ele lhe valeria nas suas necessidades. Tantos e tão extraordinários são os favores que São Judas Tadeu concede aos seus devotos, que se tornou conhecido em todo o mundo com o título de Patrono dos aflitos e Padroeiro das causas desesperadas.
São Judas é representado segurando um machado, uma clava, uma espada ou uma alabarda, por sua morte ter ocorrido por uma dessas armas.
São Simão e São Judas Tadeu, rogai por nós!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

SANTO DO DIA-22 de Outubro - Santo Abércio de Hierápolis




A história deste santo bispo esta ligada a uma inscrição tumular ditada por ele mesmo e descoberta em 1883 pelo arqueólogo Ramsey, nas vizinhanças de Hierápolis, na Frígia. Antes dessa data, a vida deste santo, escrita no século IV, era considerada pura e simplesmente lendária.

Nesse lugar se encontrou o importante documento, conservado agora no Museu de Latrão (Roma), que é precioso em virtude das informações sobre a prática litúrgica da Igreja primitiva.

“Cidadão de uma eleita cidade, fiz quando vivo este monumento para ter aqui uma digna sepultura para meu corpo, eu, Abércio, discípulo do casto pastor que apascenta rebanhos de ovelhas por montes e planícies; ele tem grandes olhos que olham do alto para toda a parte. Ele me ensinou as Escrituras dignas de fé; ele me mandou a Roma para contemplar o palácio real e ver uma rainha de vestidos e calçados de ouro. Eu vi lá um povo que traz um fúlgido sinal. Visitei também a planura da Síria e todas as suas cidades e, além do Eufrates, Nísibis, e por toda a parte encontrei co-irmãos... tendo Paulo comigo, e a fé guiou-me por toda a parte e me deu por alimento o peixe de fonte, grandíssimo, puro, que a casta virgem costuma pegar e dar de comer todos os dias a seus fiéis amigos, e há um excelente vinho que costuma dar com o pão...”

O epitáfio, escrito por Abércio aos 72 anos de idade, esclarece os pontos essenciais da doutrina cristã, do batismo à eucaristia e ao primado do bispo de Roma.

Quem não perdoa destrói pontes pelas quais terá de passar


Deus perdoa as nossas transgressões” (Sl 65,3)
Aquele que não é capaz de perdoar os outros destrói a ponte sobre a qual ele mesmo terá de passar”, escreveu Edward Herbert, célebre historiador britânico. Essas palavras destacam uma razão para ser perdoador: mais cedo ou mais tarde, podemos precisar que outros nos perdoem. (Mt 7,12). Mas há um motivo muito mais importante para ser perdoador, basta ler as palavras de São Paulo Apóstolo em Colossenses 3,13: “Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, toda vez que tiverdes queixa contra outrem. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai também vós”.
Visto que somos todos imperfeitos, às vezes podemos irritar ou ofender os outros, e eles talvez nos façam o mesmo (Rm 3,23). Então, como podemos manter a paz? Inspirado por Deus, São Paulo nos aconselha a ser tolerantes e perdoadores. Esse conselho é tão importante e sempre atual.
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Vamos analisar as palavras de São Paulo. “Continuai a suportar-vos uns aos outros”. A palavra grega para “continuar a suportar” dá a ideia de ser tolerante e paciente. Uma obra de referência diz que os cristãos mostram essa qualidade por “estar dispostos a suportar aqueles cujas falhas ou traços de personalidade são irritantes”. A expressão “uns aos outros” indica que essa tolerância deve ser mútua. Ou seja, quando lembramos que também podemos irritar outros, não permitimos que suas características irritantes perturbem a paz entre nós. Mas e se outros pecarem contra nós?
Continuai a perdoar-vos uns aos outros liberalmente”. De acordo com vários especialistas, a palavra grega traduzida “perdoar liberalmente” não é a palavra que se costuma usar para traduzir perdão, mas tem um significado mais profundo, que enfatiza a natureza generosa do perdão. Outra fonte diz que essa palavra pode significar “conceder algo agradável, um favor, um benefício”. Somos generosos quando perdoamos de coração, mesmo quando há razão para queixa contra outro. Mas por que devemos estar dispostos a “conceder esse favor”? Pelo simples motivo de que logo, talvez, precisemos que o ofensor nos perdoe, retribuindo assim o favor.
Assim como Deus vos perdoou liberalmente, vós também o fazei.” Esse é o principal motivo para ser generoso em perdoar os outros: o próprio Deus nos perdoa liberalmente. (Mq 7,18). Pense por um instante sobre o perdão, favor-graça que Deus concede a pecadores arrependidos. Ao contrário de nós, Deus não peca. Mas ele, de bom grado, perdoa completamente pecadores arrependidos, mesmo sem precisar que eles retribuam o favor por perdoá-lo. De fato, o Senhor bom Deus é o exemplo mais caridoso de alguém que perdoa liberalmente.
Eu confio na misericórdia de Deus para sempre” (Sl 52,8). A misericórdia do nosso glorioso Pai Celestial nos atrai a ele e nos faz querer imitá-lo. (Ef 4,32. 5,1).
Um dos grandes mestres da espiritualidade cristã Charles de Foucauld afirmou: “Viver só para Deus. O amor é inseparável da imitação. Quem ama quer imitar: é o segredo da minha vida”.
Ele escreveu: “Perdoai-nos as nossas ofensas. Não podemos pedir perdão se não perdoamos também. O perdão, como a graça, não se pede somente para si, mas para todos os homens”. Foucauld acrescenta: “Essa deveria ser a finalidade de todas as nossas orações, de todas as nossas ações”.

Padre Inácio José do Vale

Padre Inácio José do Vale é professor de História da Igreja no Instituto de Teologia Bento XVI (Cachoeira Paulista). Também é sociólogo em Ciência da Religião.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

O que torna uma mulher elegante?

Ter bom gosto não é suficiente para vestir alguém de elegância
Quem não gostaria de ter essa marca [elegância] na memória das pessoas quando estas pensassem em seu nome? Há quem se esgote ou mesmo se endivide para aparentar o que realmente está longe de ser. Sim, existem pessoas que vivem da imagem, pois o interior delas grita por vida, e vida verdadeira.
O que torna uma mulher elegante - 940x500
Certa vez, ouvi, na TV, uma pergunta a uma conhecida consultora de moda do país: “Como reconhecer a diferença entre uma bolsa “de marca” e uma falsificada sendo usada por uma mulher?”. Ela, rapidamente, respondeu: “É só ver quem é a mulher que está usando a bolsa”. A resposta me fez rir, pois era óbvia demais, mas eu nunca tinha pensado assim. Interessante a resposta e certamente pode gerar outros questionamentos em nós mulheres, que prestamos atenção em cada centímetro quadrado umas nas outras.
Um mulher elegante não é somente aquela que se veste bem ou se porta refinadamente, que ostenta marcas de roupas caras, usa jóias exuberantes ou exóticas, bolsas caríssimas ou mesmo “sapatos de sola vermelha”. Uma mulher realmente elegante o é até de pijama preto com bolinhas amarelas! Pois elegância não se trata de uma expressão de percepção externa, exibição de conta bancária ou coisas do gênero, mas é uma questão de calibre da alma. Ter bom gosto não é suficiente para vestir alguém de elegância. Há algo mais…
A elegância revela-se na hora da tensão, da crise, do problema grave ou no momento exato em que tudo ao seu redor tenta distraí-la e fazer dela uma simples expressão patética ou histérica no meio de tantas que já se tornaram irritantemente triviais hoje em dia. (Quantos não dizem pelas costas: “Ah, você não viu nada! Ela é bem pior!”) Nas horas mais cruciais da vida é que podemos conhecer o coração de uma mulher, sua elegância e do que ela é capaz: da vida ou da morte, do sorriso ou do ódio, do punho fechado ou dos braços abertos, do amor ou do rancor. Tudo é uma questão de escolha, pois elegância é isso: escolher o melhor. Isso faz linda uma mulher.
A mulher elegante revela-se explicitamente em suas mais variadas escolhas, das mais simples às mais nobres, das mais discretas às mais comprometedoras, pois elegância também se vive no anonimato, no segredo, sem testemunhas ou plateia. A cada escolha feita por uma mulher sensata revela-se o motivo de amor de sua vida, o que realmente importa ao seu caminho, o que é relevante na construção da sua história e Quem ela ama acima de tudo e de todos.
Uma mulher de fé deve saber fazer boas escolhas. Por basear-se em seu relacionamento íntimo e responsável com Deus, ela “paga” um preço caro e silencioso por tudo o que ama de verdade. Pois escolher bem significa renunciar muita coisa para escolher sua “pérola”, o “fio de ouro” que conduz sua vida na direção certa. Por isso é tão importante que todas as mulheres se perguntem: “Quem amo de verdade? O que amo de verdade?”. A partir dessas respostas é que todas as escolhas ganham caminho reto e seguro, se ele for construído com fidelidade e palavra, pois elegância é uma expressão bela da fidelidade a si mesmo e a Deus. Sem ela não há elegância e sem elegância não há fidelidade. Uma não vive sem a outra. Toda mulher infiel, por mais bem vestida que esteja, não revela o perfume da elegância. Sua força é gasta em esconder-se e seu olhar deixa de brilhar na liberdade que Deus a fez.
Você é convidada a ser uma mulher de grandes escolhas. Escolhas tão nobres que poderão lhe custar o preço mais alto que uma mulher é capaz de pagar: o sofrimento secreto e sem reconhecimento. Toda mulher é capaz de portar em si um silêncio poderoso e fiel, viver uma redenção maravilhosa diante de si mesma, dos homens e de Deus. Uma mulher que sabe silenciar-se diante de suas escolhas mais exigentes, e por isso nobres à sua vida e sua alma, é uma mulher digna de respeito e gratidão. Essa é uma mulher digna de ser escolhida, amada, cortejada, esperada, respeitada e admirada, pois ela inspira generosidade.
Não tenha medo de tomar uma postura! Ninguém pode fazê-la sofrer a menos que você permita, e se existe a permissão, que seja com consciência de que um sofrimento com sentido torna-se um sacrifício oferecido, um perfume agradável a Deus e aos homens. O tamanho de seu sacrifício é o mesmo da árvore imensa de graças que você está plantando, cujos frutos virão com o tempo; por enquanto, são só sementes.
Somos chamadas a ser mulheres elegantes, de escolhas nobres e eternas. Não tenhamos medo de escolher bem, mesmo que seja para perder agora e ganhar depois. Isso sim é elegância. Isso sim é ser uma mulher de palavra.

EVANGELHO DE HOJE: 21/10/2014

Primeira Leitura (Ef 2,12-22)
 
Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.
Irmãos, 12naquele tempo, éreis sem Messias, privados de cidadania em Israel, estranhos às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. 13Mas, agora, em Jesus Cristo, vós, que outrora estáveis longe, vos tornastes próximos, pelo sangue de Cristo. 14Ele, de fato é a nossa paz: do que era dividido, ele fez uma unidade. Em sua carne ele destruiu o muro da separação: a inimizade. 15Ele aboliu a Lei com seus mandamentos e decretos. Ele quis, assim, a partir do judeu e do pagão, criar em si um só homem novo, estabelecendo a paz. 16Quis reconciliá-los com Deus, ambos em um só corpo, por meio da cruz; assim ele destruiu em si mesmo a inimizade. 17Ele veio anunciar a paz a vós que estáveis longe, e a paz aos que estavam próximos. 18É graças a ele que uns e outros, em um só Espírito, temos acesso junto ao Pai. 19Assim, já não sois mais estrangeiros nem migrantes, mas concidadãos dos santos. Sois da família de Deus. 20Vós fostes integrados no edifício que tem como fundamento os apóstolos e os profetas, e o próprio Jesus Cristo como pedra principal. 21É nele que toda a construção se ajusta e se eleva para formar um templo santo no Senhor.22E vós também sois integrados nesta construção, para vos tornardes morada de Deus pelo Espírito.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Responsório (Sl 84)
 
— O Senhor anunciará a paz para o seu povo.
— O Senhor anunciará a paz para o seu povo.
— Quero ouvir o que o Senhor irá falar: é a paz que ele vai anunciar; Está perto a salvação dos que o temem, e a glória habitará em nossa terra.
— A verdade e o amor se encontrarão, a justiça e a paz se abraçarão; da terra brotará a fidelidade, e a justiça olhará dos altos céus.
— O Senhor nos dará tudo o que é bom, e a nossa terra nos dará suas colheitas; a justiça andará na sua frente e a salvação há de seguir os passos seus.
Evangelho (Lc 12,35-38)
 
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 35Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas.36Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrirem, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater. 37Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade, eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. 38E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar!

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.